Um espaço de restauração da vida, da fé e da dignidade

Localizado em Pirapozinho, na região de Presidente Prudente (SP), o Lar São Miguel Arcanjo na Providência de Deus é uma comunidade terapêutica gratuita voltada à recuperação de homens dependentes do álcool e drogas, com capacidade para 30 pacientes. Criado em meados de 2010, o Lar acolhe pessoas de todas as origens, sem qualquer distinção de raça, condição social, credo religioso ou político.
Seu objetivo principal é ajudar os acolhidos a recuperar a dignidade e cidadania perdidas pelo vício, oferecendo um ambiente seguro, acolhedor e cheio de esperança.

Tratamento com corpo, mente e espírito
Os pacientes chegam bastante fragilizados, tanto física quanto emocionalmente. O tratamento é estruturado em quatro ciclos, com duração média de quatro a cinco semanas cada, desenvolvidos por uma equipe multidisciplinar, composta por:
psiquiatra
psicólogo
assistente social
educador físico
monitores
religiosos que acompanham espiritualmente e conduzem a coordenação da casa.
Durante todo o processo, são oferecidas de quatro a cinco refeições diárias, acompanhadas por profissionais especializados, garantindo o cuidado nutricional e a reestruturação física dos acolhidos.

Espiritualidade, convivência e vínculos restaurados
Além da dimensão clínica e social, a dimensão espiritual é parte fundamental do processo de cura. Com a presença constante de frades e apoio da comunidade local, celebrações e atividades religiosas acontecem semanalmente. A unidade está situada na antiga Cidade Dom Bosco, espaço que já foi dedicado a obras sociais e hoje renasce como ponto de esperança e fé.
A rotina terapêutica é pensada para promover a autonomia e a reinserção dos acolhidos à vida em sociedade. Entre as atividades estão:

horticultura e jardinagem
panificação e produção de doces
organização da casa
pequenos trabalhos comunitários

Família: apoio essencial para a cura
Durante todo o tratamento, as famílias também são acompanhadas. A dependência química afeta não só o paciente, mas todo o seu núcleo familiar. Essa co-dependência exige atenção e escuta ativa, promovidas por meio de encontros presenciais e contatos telefônicos.

A partir do segundo ciclo, os pacientes passam um final de semana por mês em casa, favorecendo o processo de ressocialização. Esse retorno gradual permite a reconstrução dos vínculos familiares, tornando o ambiente familiar mais acolhedor e preparado para recebê-los ao final do tratamento.

Como ser acolhido
Para ingressar nesta ou em qualquer uma das comunidades terapêuticas da Associação, o paciente precisa ser avaliado em um dos Ambulatórios de Álcool e Drogas mantidos pela instituição. A equipe fará o diagnóstico e, se houver indicação para internação, o acolhido será encaminhado para uma das casas de recuperação, de acordo com a etapa do tratamento e disponibilidade de vagas.